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domingo, 26 de dezembro de 2010

Peru com Ervas e Farofa Especial



Amigos queridos mais um Natal e mais uma vez passei trabalhando!! Trabalhar entre amigos não tem preço!!! A Família Costa Fernandes faz parte da minha vida a anos e preparar a ceia desta família querida foi um grande prazer. Este ano fiz a ceia completa. Desta ceia publicarei a receita do Peru com Ervas que além de lindo foi muito elogiado.
Parece simples fazer um peru. Ele vem com termômetro pra avisar quando está pronto e por ai vai, mas não é bem assim. Se não cuidarmos dele direiritinho a carne fica seca e toda a beleza e sabor do prato se perde ai.
O Peru com Ervas não é tão simples de se fazer, mas o resultado de tanto trabalho vai ser compensado na hora que vocês provarem. Carne macia e saborosa, além da estética do prato que embelezará sua mesa!!
A família é enorme, mas dedico esta receita a D. Maria Antônia, a Tia Kaká!!!
BOAS FESTAS!!!!


Eu, Tia Kaká e a Ceia


PERU COM ERVAS

Ingredientes
1 peru de 4 kg
100 g de manteiga
1/4 de maço de salsinha e cebolinha
8 folhas de sálvia
8 ramos de tomilho
2 ramos de alecrim
2 folhas de louro
2 limões cortados ao meio
8 dentes de alho
750 ml de vinho branco seco
Azeite de oliva
Sal e pimenta a gosto

Modo de Preparo
1. Aquecer o forno a 180°C e untar uma assadeira com azeite.
2. Com cuidado, soltar e levantar a pele do peito e das coxas do peru. Espalhar a manteiga diretamente na carne, sob a pele. Nas partes mais carnudas, distribuir folhas de salsinha e de sálvia e voltar a pele para o lugar.



3. Espalhar manteiga sobre a pele e polvilhar com sal e pimenta.
4. Colocar o tomilho, a sálvia, o alecrim, o louro, o restante da salsinha, cebolinha, os limões e  o alho na cavidade do peru.
5. Com um barbante, amarrar as pernas e as asas do peru para que não se soltem enquanto assa. 6. Acomodar a ave na assadeira e regar com o vinho.
7. Cobrir com papel alumínio e levar ao forno por no máximo 3 horas, banhando de vez em quando com o líquido da forma.
8. Descartar o papel, aumentar a temperatura para 220°C, pincelar o peru com azeite, colocar  papel alumínio nos ossinhos das coxas (para eles não queimarem)  e voltar ao forno por mais 40 minutos, até que esteja dourado e macio. Observar se as coxas se movimentam com facilidade e espetar a parte mais carnuda com um garfo para ver se os sucos sobem claros.
9. Retirar do forno e transferir o peru para uma bandeja.

FAROFA

Ingredientes
80 g de passas brancas
80 g de passas pretas
80 g de damascos secos picados grosseiramente
4 colheres (sopa) de água de flor de laranjeira ( para dar aroma )
1 xícara de manteiga
1 colher e 1/2 (sopa) de alecrim picadinho
80g de bacon picadinho
4 colheres (sopa) de cebola picada
2 dentes de alho amassados
1 colher (sopa) de gengibre picado
500 g de farinha de mandioca crocante
sal e pimenta a gosto

Modo de Preparo
1. Fritar o bacon. Reserve com o óleo que soltar dele.
2. Numa vasilha de vidro colocar as passas brancas e pretas e a água de flor de laranjeira. Deixar reservado.
3. Aquecer a panela, colocar a manteiga e esperar derreter. Juntar a cebola e refogar até ficar transparente. Adiconar o alho, mexer um pouco. Juntar o bacon, o alecrim, o gengibre, o damasco. Mexa bem. Juntar a farinha e misturar bem. Adicionar o sal.
4. Com o auxílio de uma colher juntar as passas que estavam de molho. Mexer bem e espere dourar.

FINALIZAÇÃO

1. Retirar o alumínio que protege os ossinhos das coxas.
2. Desamarrar as pernas e asas do peru.
3. Com uma pinça retirar todas as ervas, limões e alho que estão na cavidade e jogar fora.
4. Preencher a cavidade com a farofa sem encher demais.
5. Espalhar o restante da farofa ao redor do peru.
6. Escolher alguns ramos de tomilho e alecrim. Na cavidade, espetar algumas folhas de tomilho e na outra extremidade do peru espetar os ramos de alecrim.
7. Decorar com physalis e Carambola cortada em estrelas espalhadas sobre a farofa.
8. Escolher um fita e fazer um amarrado nos ossinho das coxas


sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Montebianco ou Mont Blanc



O Montebianco ou Mont Blanc é um doce de origem francesa, mas muito comum na Itália, principalmente nas regiões de Piemonte e Lombardia. É feito com castanhas portuguesas misturadas ao leite, açúcar, chocolate e rum. É servido com chantilly e pode ser decorado com pedacinhos de marron glacê ou chocolate. É uma sobremesa muito usada no Natal italiano. Sempre gostei das castanhas servidas no nosso Natal brasileiro, mas me lembro da primeira vez que provei este doce. Me apaixonei!!!  Ele não é muito doce, é bonito de se ver com o purê de castanhas em forma de espaguete misturado ao chantilly. Simplesmente delicioso!!! Aprendi a fazer no Restaurante Sale Grosso em Treviso, onde trabalhei a maior parte do tempo que vivi na Itália. Estamos perto do Natal e por isso escolhi esta sobremesa especial pra compartilhar com vocês e serve também como uma variação das castanhas que enfeitam nossas mesas.
Ele é chamado de Montebianco porque costuma ser servido em forma de montanha coberta com o creme, mas aprendi a fazê-la e servir individualmente, e confesso que achei a apresentação mais bonita.
Receitinha dedicada à minha amiga querida Alexandra Barcellos, a Xandoca que ama estas castanhas...rs


Eu e Xandoca



Ingredientes
1 kg de castanha portuguesa
1,25 l de leite
4 colheres (sopa) de açúcar
3 colheres (sopa) de manteiga
1 colher (sopa de chocolate em pó
1 colher (sopa) de rum
250 ml de creme de leite fresco
Marron Glacê francês ou chocolate meio amargo (para decorar)

Modo de Preparo
1. Lavar as castanhas em água corrente. Com uma faquinha afiada fazer um corte em cruz na base de cada castanha.
2. Numa panela grande, colocar as castanhas e cobrir com água. Levar ao fogo alto e deixar cozinhar por 1h e 30 minutos ou até romperem os cortes em cruz. Se preferir, poderá cozinhar na panela de pressão por apenas 10 minutos.
3. Retirar as castanhas da panela e descascar com uma faca afiada. A película marrom que fica entre a casca e a castanha também deve ser retirada.
4. Voltar com as castanhas para a panela. Acrescentar o leite, 2 colheres (sopa) de açúcar e levar ao fogo alto. Quando ferver, abaixar o fogo e deixar cozinhar mexendo sempre, até obter um creme espesso.
5. Num espremedor de batatas, sobre uma tigela com a manteiga, passar o creme ainda quente. Acrescentar o chocolate, 2 colheres (sopa) de açúcar e o rum. Misturar bem até ficar homogêneo.
6. Numa tigela com tampa, colocar o purê de castanhas e levar à geladeira por até 2 dias para apurar o sabor.
7. Bater o creme de leite em ponto de chantilly e reservar.
8. Em cima do recipiente que escolher pra servir o doce, passar o purê pelo espremedor de batatas novamente. Ele vai ficar com aspecto de espaguete.
9. Decore com o chantilly e por cima poderá espalhar delicados pedacinhos de marron glacê ou chocolate picado ou ainda cacau em pó.

rendimento: 6 porções

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Zucotto



O Zucotto é um doce de tradição toscana, costuma ser servido no Natal e foi inventado por Caterina de Medici. Tem forma de cúpula. É um doce feito à base de pan di spagna, licor e um creme semelhante ao sorvete. Gosto de usar ricota e amolecer o pan di spagna com licor.
Aprendi a fazer esta  delícia na Itália e não lembrei de publicar aqui até que uma seguidora deste blog chamada Camila Araujo me escreveu pedindo esta receita. Camila aqui vai a receita em sua homenagem.
Bjs. Z. (o:

Ingredientes
250g de pan di spagna ( receita no blog )
1/2 L de creme de leite fresco ( procure com 30% de gordura que é melhor)
400g de ricota sem tempero algum
50g de açúcar de confeiteiro
100g de chocolate em barra
50g de cidra cristalizada ( a conhecida laranjinha...se não conseguir comprar me escreve que te dou a receita )
50g de cereja cristalizada
5 colheres de sopa de maraschino ( licor de cereja italiano )
5 colheres de sopa de leite
Xarope de chocolate:
1 colher de sopa de cacau em pó
100g de açúcar
20g de manteiga em temperatura ambiente


Modo de Preparo:

1. Amassar e peneirar a ricota
2. Preparar o xarope de chocolate da seguinte forma: derreter a manteiga em uma panela em fogo baixo, juntar o cacau, 2 a 3 colheres de sopa de água e vá adicionando o açúcar aos poucos.
3. Mexer com uma colher de pau até incorporar. Após 5 minutos retirar do fogo.
4. Corte o pan di spagna em fatias de cerca de 1,5 cm de espessura e forre o fundo e as laterais de formas de zucotto. Faça o pan, desenforme e corte o bolo ao meio ao comprido.
5. Misture metade do licor com o leite e molhe o pan di spagna
6. Bater o creme de leite com a ricota e juntar o açúcar de confeiteiro
7. Dividir a mistura de creme de leite e ricota em 2 partes. Em uma parte misturar aos poucos o xarope de chocolate mexendo sempre.
8. Despejar na forma e salpicar com metade as frutas cristalizadas picadinhas bem pequeno e metade do chocolate picadinho.
9. Na outra metade misturar o restante das frutas critalizadas e do chocolate picados e preencher as formas até o nível.
10. Cobrir com a outra fatia de pan di spagna.
11. Regar com o restante do maraschino e levar à geladeira por no mínimo 5h.
12. Decorar antes de servir ( decore com calda de chocolate em volta )

rendimento: 6 porções

Obs: Caso não encontrem as formas de Zucotto, façam em ramequins ( formas de souflê )



quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Fettuccini ai Funghi


Domingo chuvoso em casa. Minha filha foi a um aniversário e estavamos eu e mamãe. Fomos ao mercado comprar batatas e eis que tropeço em lindos cogumelos. Graudos e frescos. Não resistimos e compramos um pouco de cogumelos de Paris e outro tanto de shitake. O que fazer? Lembrei que tinha em casa massa, Brandy ( perfeito para funghis ), creme de leite fresco e echalota. Chuva rima com preguiça e por este motivo não fiz a massa...optei por uma boa massa pronta. Ficou ótimo, mas repito sempre que a massa fresca é imbátivel e prometo em breve postar a receita dela aqui.


Cogumelos na bolsa, retornamos para casa e mãos à obra. O resultado eu fotografei e prometi aos amigos publicar a receita aqui no blog. Vamos a ela...

Ingredientes
300 g de massa fettuccini
100 g de cogumelos de Paris frescos
100 g de shitake frescos
50 g de manteiga
1/2 echalota ou cebola roxa
1 colher de sopa de Brandy ( só pode ser Brandy viu )
250 g ou 1/2 xícara de creme de leite fresco
Salsa fresca
sal
Pimenta-do-reino branca
sal grosso ( marinho )
Grana Padano ou parmegiano reggiano ou Faixa Azul

Modo de Preparo
1. Picar a salsa. Separar os ramos dos talos com as mãos. Juntar tudo e picar com faca bem afiada até ficar bem pequeno. Após picar, colocar a salsa num pano de prato limpo e torcer bem para sair o caldo. Repetir esta operação. Forrar um potinho com papel toalha e por a salsinha picada nele. Fazendo isso você obterá uma salsinha solta para salpicar no prato, pois a salsa molhada gruda.
2. Picar a echalota bem pequeno.
3. Lavar e picar os cogumelos em pedaços grandes.
4. Aquecer uma panela de água ( proporção de 4 L para cada 350 a 450 g de massa fresca ou seca ). Temperar a água fervente com sal marinho ( 2 colheres de sopa para 4 L de água ).

5. Coiznhar a massa respeitando o tempo escrito na embalagem.
6. Aquecer uma panela ou frigideira grandes. Quando estiver quente juntar a manteiga e esperar derreter.


7. Juntar a echalota picada e refogar até que esta fique transparente.




8. Adicionar os cogumelos. Temperar com sal e pimenta à gosto. Saltear ou mexer para incorporar bem os temperos.  Juntar o Brandy e deixar cozinhar por cerca de 10 minutos em fogo baixo.



9. Adicionar o creme de leite, mexer e cozinhar por 2 minutos. Acertar o sal.



10. Escorrer a massa e misturar ao molho. Servir os pratos. Salpicar salsinha. Servir com queijo ralado na hora ( grana padano ou parmegiano reggiano ou no minimo o Faixa Azul brasileiro ).

rendimento: 2 porções

Dicas da Zela: não acrescente azeite ou óleo na água de cozimento do macarrão, pois o macarrão ficará escorregadio e o molho não vai aderir a ele. O motivo pelo qual as pessoas adicionam azeite ou óleo à água é para evitar que a massa grude. Para isso que isso não ocorra é melhor mexer a massa depois dela ter sido colocada para ferver.
Depois que escorrer a massa não lave o macarrão com água fria para interromper o cozimento, pois você estará removendo todo o amido e tempero da massa.
Para temperar o macarrão, eu sugiro que a massa seja adicionada à panela com molho imediatamente após  escorrer a massa, mexendo logo para evitar que grude pela sobreposição. Certifique-se de que a panela ou frigideira em que está preparando o molho seja grande o suficiente para receber todo o macarrão escorrido.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Solar dos Presuntos



Chegamos ao Solar dos Presuntos por indicação do hotel. Atravessamos a  Praça do Rossio e chegamos. A casa é simples, grande e receptiva. Logo na entrada tem um aquário enorme cheio de lagostas para escolhermos e comermos. A cozinha é aparente, limpa e organizada. As paredes repletas de fotos do dono, Sr. Evaristo com celebridades que comeram ali e anônimos também.
Bom gosto e requinte onde se pode deliciar  o que há de melhor da comida tradicional portuguesa. Há muitos anos que esta casa confecciona com arte e engenho pratos que fazem dar água na boca. A carta de vinhos é variada, com especial destaque para os vinhos verdes da adega de Monção. O Solar tem várias salas, distribuídas entre o térreo e o primeiro andar, mas aconselho que façam  reserva. 
Fomos ao Solar duas vezez. Na primeira comemos sardinha e frutos do mar, mas na segunda caimos de boca na lagosta.
Fiquem atentos que os restaurantes em Portugal abrem para almoço e fecham por volta da 15:00h. Na primeira vez reservamos. Já na segunda vez chegamos em torno das 16:00h e o restaurante estava aberto, mas fechado para o público. Eles param para descansar e reabrem às 18:00h. Era nosso último dia em Lisboa e queriamos comer a famosa lagosta. O Sr. Evaristo estava lá, nos recebeu, explicou que era horário de descanso e que só tinha um cozinheiro para preparar o jantar dos funcionários. Ficamos tristes e ele percebeu nossa decepção. De repente olha para minha filha e pede que ela escolha uma lagosta. Babi escolheu a maior e ele pediu que o cozinheiro de plantão preparasse o tão sonhado prato.

lagosta pronta para o abate


e pronta para comer...hummmmmmm

O restaurante só pra gente, lagosta cortada e servida pelo dono com direito a foto no final que ele prometeu  pendurar na parede para quando voltarmos podermos admirar. Uma coisa é certa: VOLTAREMOS!!!
O Solar fecha nos domingos, feriados e para férias de 10 a 25 de agosto. A conta não é salgada...em torno de 35 euro por pessoa sem vinho.

 com o Sr. Evaristo

Solar dos Presuntos
Rua das Portas de Santo Antão, 150 ( junto ao elevador do Lavra )
1150-269 - Lisboa
Tel: +35 (1) 21 342 42 53 / +35 (1) 21 347 29 55

terça-feira, 21 de setembro de 2010

João do Grão - Cento e muitos anos depois...


Já falei deste restaurante no início deste blog que conheci em minha primeira viagem a Portugal. Na época eu ainda era nutricionista e não tinha olhar de cozinheira. Este ano voltei a Lisboa e fui ao João comer o famoso Bacalhau com Grãos. Desta vez como Chef, sai de lá com a mesma vontade de antes, ou seja, voltar ao João do Grão sempre que passar por Lisboa.
Cento e muitos anos depois, o velho restaurante parece em vias de se tornar uma relíquia de âmbito europeu, atraindo as atenções de jornalistas e investigadores estrangeiros, tendo mesmo vindo a público, numa revista holandesa, nova história das origens e identidade do João do Grão, que refere a mítica personagem como tendo sido um antigo guarda-civil que teria se fantasiado de mulher num dia de Carnaval, o que valeu a sua expulsão da guarda. Vendo-se sem recursos para se manter e aos seus familiares, João começou a vender bacalhau com grão, vinho e pão, iniciando assim um negócio que já está na sexta geração, responsável, ao que parece, pela fortuna de todos os intervenientes que nele entraram ao longo dos anos.
Também contam que este restaurante foi propriedade de famílias galegas oriundas de Riba de Teia, que elegeram Lisboa como local para trabalhar.
Vamos ao bacalhau. Servido em travessas,  é o suficiente para duas pessoas comerem e repetirem. Para acompanhar pedi um vinho alentejano. O garçom me trouxe uma garrafa e assim que degustei percebi que não era alentejano, mas era um vinho maravilhoso. Perguntei de onde era e e descobri que havia degustado uma delícia do Ribatejo ( lado de cima do Rio Tejo ). O nome dele: Serradayres Reserva, 2008.

Bacalhau com Grãos

De sobremesa pedi uma Sericaia servida com Ameixa D'Elvas, que são ameixas da ameixeira "Rainha Claudia Verde". Mas o que vem a ser uma sericaia ou sericá? (existem os dois nomes). Uns dizem que a receita da Sericaia veio da Índia, outros que ela veio do Brasil. O que é certo é que desde as origens era executada, por dois conventos alentejanos que tomaram os direitos de importação da receita. Um, o convento das Chagas de Vila Viçosa, outro, o convento das Clarissas de Elvas. Um convento entendeu chamar-lhe sericaia e o outro sericá. De uma forma ou outra, é só no Alentejo que este doce é feito. Como já dei a receita do Bacalhau com Grãos aqui, ai vai a receita da Sericaia.

Sericaia

Ingredientes
15 gemas de ovos
15 claras de ovos
600 g de açúcar
1 L de leite
150 g de farinha de trigo sem fermento
1 canela em pau
casca de limão
canela em pó à gosto


Modo de Preparo
1. Separar as claras das gemas.
2. Tirar a pele fina que envolve as gemas ( assim suavizamos o cheiro de ovo )
3. Bater as gemas com o açúcar até obter um creme fofo.
4. Ferver o leite. Dissolver metade da farinha no leite junto com a canela em pau e a casca do limão.
5. Juntar o creme de gemas ao leite mexendo bem e sem parar.
6. Levar ao fogo baixo até engrossar sem deixar pegar no fundo da panela.
7. Bater as claras em ponto de neve e misturar ao creme mexendo suavemente com colher sem deixar entrar ar.
8. Deixar esfriar um pouco.
9. Vire a mistura em uma tigela ou pirex sem alisar a massa, pois fica mais bonito assim.
10. Polvilhar com canela e levar ao forno quente para assar. Estará pronto quando abrir sulcos em cima da massa.


Ameixa D'Elvas

Esta compota de ameixa não é fácil de fazer pelo processo e também por ter que ser feita com ameixas rainha-Claudia. Aconselho procurarem pronta, pois são vendidas em potinhos como geléia.
Enfim, o João do Grão é uma casa limpa e arejada, serve a comida típica dos famosos restaurantes que pontuavam outrora na Baixa Lisboa. Sem pretensões,  é uma ótima pedida e eu recomendo.



Restaurante João do Grão
Rua dos Correeiros, 222-226 
 1100-170 - Lisboa
Tel: +35 (1) 213 424 757

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Cafe De Reiger

Nós e Nynke no De Reiger

De Amsterdam só tenho lembranças agradáveis, mas alguns lugares ficarão na memória gustativa e afetiva e voltarei a eles sempre que passar por lá. Um deles é Cafe De Reiger...cafe sem acento respeitando o idioma holandês. É o mais moderno dos antigos bistrô-restaurantes da cidade, onde se pode saborear um bom vinho à luz de velas, protegido por cortinas pesadas de veludo vermelho.
Numa noite quente saimos para caminhar pelas  ruas de Jordann. Ao virar a esquina do nosso canal nos deparamos com algumas mesinhas espalhadas pela pequena rua e decidimos sentar. Estavamos no De Reiger. A garçonete que nos atendeu se chama Nynke, apaixonada pelo Brasil e muito simpática...começava ali uma boa amizade que se estendeu pelo restante da viagem e resiste até hoje. Deste dia em diante nos tornamos presença constante.
Neste dia eu comi um ravioli de funghi ao sugo e Babi pediu um filet ao molho de mostarda e legumes. Delícia, mas o melhor prato foi saboreado dias depois.















Agora vamos ao melhor prato e contarei em poucas palavras a história dele. Mariscos ao Vinho Branco servidos com French Fries, uma receita típica da Bélgica, mas não foi lá que encontrei o melhor e sim no pequeno café em Jordann. Vem numa panelinha preta, destampamos e comemos o primeiro marisco: o segundo deve ser pinçado com a primeira ostra e assim por diante. Não tenho palavras para descrever o quanto é bom. Acabei de comer e fui na cozinha cumprimentar o Chef e pedir a receita.


Não sei a quantidade exata do ingredientes,  mas sei que os mariscos são limpos, cozidos no vinho branco junto com cebolinha, um talo de aipo e um pouco de sal. Servido com as deliciosas batatas cortadas que não são certinhas...cada uma em tamanho e corte diversos, mas deliciosas.
Terminamos a noite sentadas na calçada em frente ao Cafe saboreando um vinho branco e felizes da vida.



Cafe De Reiger
Nieuwe Leliestraat 34
Amsterdam
Tel: 0031 (0) 20 6247426


Amsterdam, Jordann e Hotel Van Onna

Este é o lugar!!! Pra começar ficamos no bairro mais bacana de Amsterdam, Jordann. Repleto da casas antigas, modestas, com as janelas floridas e uma intensa vida local. Cafés simpáticos onde o álcool corre solto e lojas variadas aparecem ao longo das ruas sombreadas. Nos grandes canais e nas estreitas ruas transversais de Jordann proliferam restaurantes e vitrines coloridas.


A primeira visão que guardo deste lugar delicioso foi a que apareceu na minha frente assim que pisei no bairro: o campanário de 85m de altura da Igreja Protestante Westerkerk que embalou meu sono com suas badaladas durante os dias que passei em Amsterdam. Da Estação Central se vê.


Amsterdam não é um lugar com hospedagem barata. Se for passar mais tempo e quiser alugar aconselho escolher Jordann. Não fizemos isso, mas encontramos um Hotel no coração de Jordann  que nos fez sentir em casa, o Van Onna, que ocupa três casas reformadas à beira de um canal e tem boa relação qualidade-preço ( 90 euro/diária em duplo ou 45 euro por pessoa ). É um hotel com poucos quartos e por isso a reserva tem que ser feita com meses de antecedência e pagar cash.


Hotel Van Onna
Bloemgracht 102/104/108 - 1015 TN - Amsterdam
Tel: 0031 (0) 20 6265801


quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Bruges, chocolate e flores



A fama dos chocolates belgas é imensa. Afirma-se sem medo e quase sem opositores que os chocolates belgas são os melhores do mundo. Realmente são...seja ele sorvete, chocolate quente, waffle ou mesmo em barra.



Estive em outras cidades na Bélgica, mas para mim Bruges é a cidade do chocolate. Bruges tem ar de conto de fadas e cheiro de chocolate. Localizada no lado flamengo do país e a menos de uma hora de trem de Bruxelas, a pequena cidade ( cerca de 117 mil habitantes ) é uma espécie de grande casa de bonecas: as construções são estreitas, com poucos andares e cheias de cores, proporcionando ao visitante uma agradável sensação de acolhimento desde a chegada na cidade. Com uma infra-estrutura turística bastante desenvolvida, os moradores estão mais do que acostumados a receber estrangeiros, por isso é bastante fácil comunicar-se com todos em inglês, ainda que você não seja fluente.
A cidade é muito agradável para caminhadas, por isso dispense o carro e vá de trem ou de ônibus, assim já aprecia a paisagem desde antes de chegar. O principal ponto turístico da cidade é a Markt ( Praça do Mercado ) que, como as demais Grand Places belgas, tem seus quatro lados cercados por construções imponentes. A construção mais imponente é o Belfort (Campanário), cuja torre é visível desde outras áreas da cidade, mas o diferencial está no lado exatamente oposto a ele; ali se encontram os pequenos edifícios tradicionais da cidade, em diferentes cores, que conferem à cidade uma alegria e carisma que às vezes falta a cidades de maior tamanho.


E as flores!!! Tenho paixão por flores e Bruges é um festival de cores e flores espalhados pela cidade. Jardins, janelas. Impossível não clicar. Começa nessa cidadezinha dos sonhos meu álbum de flores que continuou em Amsterdam, mas isso fica pra depois.



O chocolate é o seu ponto fraco? Então você está na cidade certa! Assim como em Bruxelas, Bruges é cheia de lojas desse doce, daquelas de deixar qualquer um louco! E, se o chocolate belga é conhecido como o melhor do mundo, não é sem motivo: marcas como Guylian, Cote d’Or e Kim deixam bem claro o porquê, e com preços mais baixos do que encontramos aqui no Brasil e até mesmo no free shop dos aeroportos.
Um lugar imperdível!!!



Bélgica e cerveja



Não tenho muito o que dizer da Bélgica em termos gastronômicos, mas jamais esquecerei a cerveja belga, chocolates, flores e Bruges. Vamos começar pela cerveja. Nada contra as nossas louras geladas, mas depois que bebi uma belga não quero mais saber de outra.
Como as demais nacionalidades, os belgas orgulham-se da sua rica cultura cervejística. Há mais de 1. 500 tipos de cerveja belga ( incluindo cerveja com rótulo ) entre as quais: Stella Artois, Alken Maes, Jupiler, Delirium tremens, Duvel, Kwak, La Binchoise, Leffe e Hoegaarden são algumas das mais conhecidas. Geralmente é dito ( principalmente pelos belgas ) que as cervejas da Bélgica são particularmente excelentes. A Bélgica é a única região onde os monges trapistas produzem a cerveja que recebe o nome da ordem ( cerveja trapista ). Um exemplo desta cerveja é a Chimay.
Cada variedade da cerveja belga é servida em um copo específico. A forma e tamanho do copo varia, e tem o efeito de acentuar o sabor daquela cerveja em particular.
A cerveja tem para os belgas a mesma importância que o vinho para os franceses.
A temperatura  é um ponto importante. Quando você bebe uma cerveja muito gelada as papilas gustativas se fecham fazendo com que o sabor desapareça e você não sinta a porcentagem de álcool que está tomando. As cervejas que matam a sede ( Lager e trigo ) são servidas a 2 graus, em copo comum úmido e com, no máximo, 3 dedos de espuma.
Deve ser servida em copos limpos, sem vestígio de gordura. Se o chope estiver sem espuma, é sinal de que o copo está sujo ou mal enxaguado.
Aqui no Brasil  as cervejas importadas são compradas em lojas ou supermercados especializados, locais em que a bebida é cuidada da maneira correta. As cervejas que são expostas por muito tempo ao sol ou à luz artificial, em temperaturas muito altas, estragam muito mais rápido. Essa é uma das razões que faz com que as cervejas belgas sejam engarrafadas em recipientes escuros.
Percebi que mulheres pediam sempre uma cerveja de cor vermelha. Feita de frutas vermelhas ( morango, amora, cereja ), é mais ácida, mais refrescante, e dirigida principalmente ao público feminino. É fermentada diretamente com frutas, possui cor avermelhada, espuma meio rosada e teor alcoólico médio. Não resisti e experimentei a Mort Subite, produzida de acordo com a secular receita de fermentação espontânea, vagarozamente maturada em barril de carvalho, no qual deliciosas cerejas frescas são adicionadas. Isto dá a essa tradicional cerveja seu sabor de cereja único. Gostei, mas prefiro a tradicional.



Dica: Deixe a garrafa por no mínimo dois dias em pé antes de beber. A maioria das cervejas belgas tem segunda e terceira fermentação, o que faz com que fique um sedimento na garrafa. As que têm tampa de champagne podem ser guardadas deitadas, pois a célula de levedura terá maior contato com a bebida, conferindo melhor aroma à cerveja.

Encontrei cafés aqui na minha cidade ( Niterói ) que vendem várias cervejas belgas.

Enfim, me rendi a esta delícia!!!

Delicatella
Av. Rui Barbosa, 274/loja 108
São Francisco - Niterói - RJ
Tel: 55 (21) 2610-5120


Empório Icaraí Delicatessen
Rua Mem de Sá, 111/loja 101
Icarái - Niterói - RJ
Tel: 55 (21) 2610-7175

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Ap em Paris



Uma dica importante pra quem quer curtir Paris meio como se fosse um habitante desta cidade maravilhosa: ALUGUE UM AP!!!
Além de ser mais barato, você se sente em casa, inserido na rotina desta capital dos sonhos. Alugamos um no Quartier Latin, 99 rue Monge. Perto de tudo, uma quadra da feira da ladeira Mouffetard, todos os meios de transporte na porta, padaria, mercado, farmácia....
Achei esta preciosidade através da Agência Paris Attitude que me atendeu muito bem, é confiável e com ótimas opções de aps para todos os gostos.
Dá só uma olhadinha na vista da nossa janela....



Relação custo-benefício perfeita. Gastaria 1650 euro por 5 noites num hotel 3 estrelas na mesma região de Paris...alugando o ap gastei 650 euro por 6 noites.
Laurence, a dona do ap estava nos esperando com as chaves quando chegamos, nos mostrou nossa casa...gracinha e perfeita. Não faltava nada...cama , mesa e banho. Foi só chegar.


Paris Attitude
6 rue Sentier 75002 Paris
Tel. +33 (0)1 42 96 31 46


sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Bouillon de Cocos Frais du "Val Nervia" et Ravioles au Pecorino Toscan

Como prometi ai vai a receita de um dos pratos que aprendi na Escola de Alain Ducasse. É um pouco trabalhosa, mas não é difícil de fazer. O trabalho fica por conta da massa que deve ser feita e esticada. Aconselho não usar massa pronta, pois compromete a leveza do resultado final.



Caldo

Ingredientes
500 g de feijão branco
10 ml de azeite de oliva
1 ramo de alecrim
1 ramo de sálvia
5 ml de vinagre De Barolo
5 ml de aceto balsâmico

Modo de Preparo
1. Colocar o feijão em uma panela com água fria e levar ao fogo.
2. Quando começar a ferver adicionar a sálvia e o alecrim. Temperar com um pouco de sal.



3. Deixar cozinhar em fogo brando.
4. Após o cozimento retirar a sálvia e o alecrim com o auxílio de uma escumadeira.



5. Bater no mixer juntando o azeite aos poucos enquanto bater.



6. Passar pelo chinois.



7. Cobrir e levar à geladeira.

RAVIOLI

MASSA
Ingredientes
600 g de farinha de trigo tipo 00
16 gemas de ovo
1 ovo inteiro

Modo de Preparo
1. Colocar em uma tigela a farinha.
2. Juntar as gemas e o ovo. Bater ligeiramente.
3. Adicionar as gemas à farinha aos poucos e mexer com a ponta dos dedos. 
4. Colocar farinha até dar ponto.
5. Passar para uma superfície de mármore e continuar trabalhando a massa com as mãos.
6. Se a massa ficar muito seca junte uma gema de ovo.
7. Faça uma bola e enrole com filme plástico.
8. Leve à geladeira.

RECHEIO

Ingredientes
100 g de queijo Pecorino da Toscana
50 g de mascarpone
50 g de queijo parmesão
50 g de manteiga
sal à gosto
1 colher de sopa de pimenta branca em grãos
1 ovo

Modo de Preparo
1. Ralar os queijos.
2. Misturar o mascarpone e o ovo em outra tigela. Juntar aos queijos.



3. Temperar com sal e pimenta e levar à geladeira.



PREPARANDO O RAVIOLI
1. Dividir a massa em pequenas bolas e esticar cada uma delas com o auxílio de um rolo.



2. Terminar de esticar na máquina de massas.



3. Colocar duas tiras da massa em uma superfície lisa.



4. Encher um bico de confeitar com o recheio e distribuir sobre a massa deixando um espaço entre os recheios.



5. Cobrir com a outra parte da massa.



6. Separar com uma faca os quadrados rceheados e depois centralizar o recheio e cortar os ravioles com um aro de 2,5 cm de diamêtro. Verificar se as bordas estão bem coladas pra que o recheio não escape.
7. Esquentar a manteiga e dourar os ravioles de ambos os lados.




FINALIZAÇÃO
1. Esquentar o caldo.
2. Polvilhar parmesão no fundo do prato. Arrumar 4 a 5 ravioles sobre o queijo.
3. Colocar o caldo no prato. Regar com um pouco de azeite, vinagre Barolo e aceto balsâmico
4. Ralar um pouco de pimenta do reino e servir.