Translate

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Gravlax


 Já que estamos falando de salmão, resolvi postar mais uma receita com ele. Desta vez escolhi o Gravlax. Por que escolhi esta receita? Semana passada conversando com meu amigo Flávio Guimarães, o 'Pecce', falavamos sobre este prato e prometi postar a receita dele aqui. Pecce é um cozinheiro amador e autodidata, com quem divido muitas panelas e chapas nos nossos encontros com amigos.
Gravlax quer dizer, literalmente, salmão enterrado. 'Gravad' é cova e 'lax'  é salmão, no idioma nórdico. Sua origem vem de uma técnica de conservação muito utilizada por pescadores dos fjords na Escandinávia desde o século VIII.  Eles enterravam o salmão na enseadas de areias geladas, com sal, para que fermentasse por um ano. Mil e duzentos anos depois, o Gravlax tornou-se um dos mais requintados antepastos nos cardápios gourmet.
Muitas vezes confundido com salmão defumado, diferencia-se deste, pela presença de pimenta preta e algumas ervas nas fatias de Gravlax.
Pescados são alimentos de preparo delicado. Os modos de fazer são variados, e incluem assar, grelhar, ferver e curar. Qualquer que seja o método escolhido, siga os tempos de preparo apenas como referência, pois os pescados podem com facilidade passar do ponto, o que destrói sua magnífica textura e aroma.
Há vários métodos de curar peixes e frutos do mar; no entanto, a maioria deles é usada em função do sabor mais do que para preservar o alimento. Um dos mais conhecidos modos de curar é o gravlax, em que o salmão é curado em uma mistura de sal e açúcar.
Outras técnicas de cura incluem o escabeche, o ceviche, a salga e a defumação.
Nesta especialidade sueca, o salmão é curado em uma mistura doce e salgada. O endro fresco é o tempero mais usado, embora possam ser utilizadas a pimenta em grão ou fatias de laranja ou limão. O salmão é então servido em fatias finíssimas.
Este antepasto é muito consumido na Região do Vêneto, na Itália, onde morei e trabalhei por 3 anos. Costumava servi-lo em fatias e decorava o prato com fatias delicadas de laranja e do bulbo do endro regadas com fio de azeite.

Ingredientes
4 colheres de sopa de sal grosso
4 colheres de sopa de açúcar cristal
1 1/2 colher de sopa de endro fresco picado
2 colheres de sopa de pimenta-do-reino
2 colheres de sopa de folhas de chá Darjeeling
2 colheres de sopa de vodka ( opcional )
raspa da casca de 2 limões
1 filé de salmão de 900 g, com pele
fatias de limão ou laranja para guarnecer
fatias do bulbo do endro e folhinhas para guarnecer 
1 pedaço de musselina suficiente para embrulhar o salmão
azeite extra-virgem

Modo de Preparo
1. Preparar a cura, misturando o sal, o açúcar, o endro, a pimenta-do-reino, as folhas de chá, a vodka e as raspas de limão.


 2. Forrar uma assadeira com musseline e espalhar metade da mistura de temperos sobre a musselina.
3. Dispor o salmão com a pele para baixo sobre este tempero.
4. Espalhar o restante da mistura de temperos sobre o salmão até cobri-lo por completo. Pressionar a mistura sobre o peixe.


 5. Embrulhar suavemente o peixe na musselina e pressionar com um peso, como uma panela de ferro ou uma tábua de cortar.


6. Levar à geladeira por 48 horas, virando o filé a cada 12 horas.
7. Passado este período, desembrulhar o peixe e lavar ligeiramente sob água corrente, para eliminar a cura. Enxugar com papel absorvente.


8. Apoiar  o filé sobre uma tábua de cortar devidamente sanitizada, com o lado da pele voltado para baixo. Cortar finíssimas fatias na diagonal, sem atingir ou cortar a pele. Destacar as fatias da pele com cuidado e arrumar nos pratos. Gosto de arrumá-las enroladinhas e decorar com fatias bem finas de laranja, folhas de endro e fatias bem finas do bulbo do endro, finalizando com um fio de azeite.
9. Servir com torradinhas e pães.



rendimento: 8 a  10 porções

Curiosidades: O Chá Darjeeling é produzido apenas na região de Darjeeling, na Índia.
A região de Darjeeling é uma área de altitude elevada: 4.000-10.000 metros acima do nível do mar. Nesta parte da Índia há uma névoa no ar quase constantemente. Esta névoa, associada à elevada altitude garante que as árvores de chá permaneçam frescas e úmidas. Esta umidade, combinada com a drenagem do solo produz um sabor muito distinto a estas folhas de chá. Este sabor é muitas vezes descrito como muscadinia levando ao Darjeeling ser conhecido como o champagne dos chás. O chá Darjeeling é um dos mais leves chás preto e por isso os ingleses o consideram como um dos melhores chás da tarde. O chá Darjeeling da região da Índia é tão popular que recebe muitos turistas.Anualmente, milhares de pessoas visitam as montanhas do Himalaia para ver os jardins de chá. Quando você estiver saboreando um bom Darjeeling, definitivamente vai perceber um sabor frutado, uma mistura de nozes e florais com tempero de moscatel que se vai encontrar sómente nesta parte do mundo.O peculiar aroma de um bom Darjeeling se compara a um vinho fino, mas realmente encontrar um Darjeeling de boa qualidade é muito difícil.Por ser um dos mais populares blends, muitas vezes a procura excede à oferta, por este motivo muitas chás marcado como Darjeeling têm apenas uma parte do verdadeiro chá, o restante são outros tipos de chá preto.



quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Salmão Assado em Papillote




Esta receita é simples e resulta em um prato saboroso e belo. Este Salmão em Papillote foi um dos pratos que servi no menu do 'Dia dos Namorados' do Bistrô As Santas em Porto Alegre. 
Papillote é um dos melhores processos de cozimento para ingredientes delicados. Trata-se de embrulhar o alimento em papel-manteiga, papel-alumínio ou folha de bananeira, e depois levar ao forno. Este processo faz com que o alimento quase não perca umidade e nem aroma. Em italiano é chamado 'al cartoccio' (no embrulho). 
O método mais tradicional de servi-lo é fechado no prato, deixando quem vai saborear abri-lo. Atualmente uma nova técnica vem surgindo com força total, prometendo deixar a função do papillote em segundo plano. Trata-se do cozimento à vácuo, onde o  alimento junto com seus molhos e,  às vezes até a guarnição, são embalados, selados em uma máquina de vácuo e levados para cozinhar. Porém, penso que o charme de uma refeição servida em um papillote sempre ficará!!! 
Aqui apresento uma receita com salmão, mas outros frutos do mar dão bom resultado com este método, entre eles o bacalhau e mexilhões.


Ingredientes
8 mininabos cortados ao meio
2 talos de salsão em fatias diagonais finas
115 g do bulbo da erva-doce ( funcho ) em fatias finas
8 minicenouras cortadas ao meio
4 colheres de sopa de cebolinha em pedaços
4 pedaços de filé de salmão de 85 g cada
ramos de tomilho
azeite de oliva para pincelar
sal e pimenta-do-reino a gosto


Modo de Preparo
1. Preaquecer o forno a 220°C.
2. Cortar 4 pedaços de papel-manteiga em forma de coração. A metade de um coração deve ser duas vezes maior do que um pedaço de salmão.
3. Pincelar metade de cada coração com azeite de oliva.
4. Dividir os legumes e a cebolinha em 4 porções. Colocar cada porção no centro da metade do coração untada com azeite.
5. Temperar o pedaço de salmão com sal e pimenta a gosto e arrumá-lo sobre os legumes. Acrescentar alguns ramos de tomilho por cima do salmão.
6. Dobrar por cima a outra metade do papel. Selar as bordas fazendo várias pequenas dobras em toda a volta. Montar e fechar os outros envelopes da mesma maneira e colocá-los em uma assadeira.



7. Levar para assar por 5-7 minutos, ou até o papel do envelope estar estufado e endurecido.




8. Para servir, dsipor os papillotes fechados em pratos individuais e deixar que cada convidado abra o seu.


rendimento: 4 porções





segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Carolinas com Gorgonzola e Pera




Geralmente, a confeitaria não admite erros como outras áreas da cozinha. Quantas vezes não “consertamos” um molho que ficou salgado demais, espesso de menos ou até sem sabor? Pois é, quando o assunto são os doces, essa flexibilidade é limitada ou até inexistente. Um bolo que não cresceu no forno ou uma mousse que não endureceu o suficiente normalmente não tem uma segunda chance e resta a eles o mesmo e cruel destino: o lixo. Para evitar que isso aconteça, a utilização de pesos e medidas precisos é imprescindível nessa área da cozinha, o que reduz consideravelmente a chance de erros. Por este motivo tenha sempre na sua cozinha uma balancinha de precisão. É interessante perceber ainda que, apesar de a confeitaria utilizar basicamente sempre o mesmo quarteto de ingredientes (farinha, açúcar, ovos e manteiga), os resultados podem ser muito distintos uns dos outros. A proporção dos ingredientes utilizados, a temperatura da manteiga e o tipo de cocção utilizado são alguns dos fatores que modificam totalmente a produção final do prato. Hoje vou falar da massa choux ou pâte à choux. 
A pâte à choux é uma das massas básicas da cozinha francesa. Juntamente com a massa folhada, é uma das massas mais versáteis. De consistência lisa e mole, deve ser modelada com o uso de saco de confeiteiro e bico.
E cada formato de massa, depois de assado, transforma-se em um doce específico: èclairs (oblongo), paris-brest (circular), profiteroles (redondo)…
Tecnicamente, a pâte à choux é uma massa cozida, à base de farinha de trigo, manteiga, ovos e um líquido, que pode ser água, leite ou uma combinação de ambos. O uso de leite produz uma massa mais macia e saborosa, que ganha cor mais rapidamente no forno. O uso de água, por outro lado, produz uma massa mais leve e crocante, demandando a correta manipulação da temperatura de forno durante o assamento. Deve-se começar com uma temperatura mais alta, para permitir o completo crescimento da massa, e depois baixá-la para permitir que a massa seque.
O preparo da massa também tem seus segredinhos. O primeiro deles é que o líquido utilizado deve ferver antes que a farinha seja adicionada a ele. Se for apenas aquecido e a farinha incorporada antes da fervura, a massa ficará mole demais, quase líquida. A farinha deve ser adicionada toda de uma vez, enquanto se mexe vigorosamente a panela, para que ela se combine completamente com o líquido e os grânulos de amido sejam corretamente hidratados. É esse processo que permitirá uma massa macia. Você saberá que o líquido foi totalmente incorporado quando a massa se desgrudar da panela.  Para essa tarefa, eu prefiro usar a boa e velha colher de pau!
Após a incorporação da farinha, abaixe um pouco o fogo e continue cozinhando a massa por mais 2 minutos, para que a farinha cozinhe completamente. Essa mexida e esse pré-cozimento na massa favorecem o desenvolvimento do glúten da farinha, que dará ao resultado final leveza e crocância.
Outro ponto importante é a temperatura da massa, quando você for adicionar os ovos: ela não pode estar muito quente (pois cozinhará os ovos de imediato) nem fria (pois eles não serão incorporados adequadamente). O truque para acertar na temperatura é enfiar o dedo no meio da massa: você deve senti-la quente, mas ainda assim poder manter o dedo, sem queimar-se, por cerca de 10 segundos.  Eu costumo bater a massa na batedeira (com o batedor tipo raquete) em velocidade baixa, até que ela chegue na temperatura adequada, antes de começar a adicionar os ovos.
Os ovos devem ser adicionados um a um, batendo-se a massa entre cada adição até que cada um deles esteja completamente incorporado.  A quantidade de ovos pode necessitar de ajuste, dependendo do tamanho deles. Para acertar na proporção, após adicionar a quantidade indicada na receita, passe o dedo na massa buscando “desenhar” um risco profundo nela; a massa estará pronta (e macia o suficiente) quando as bordas desse risco tombarem para o centro, quase fechando-se. Se isso não ocorrer, adicione mais uma ou duas unidades e teste novamente.
Abaixo, publico uma das várias receitas que tenho. Depois de assada a massa, preencha com o recheio de sua preferência: creme patisseiro, ganache, queijos, sorvete e por ai vai.
Optei pelo recheio de gorgonzola com pera. Essa combinação é uma das dobradinhas que dão muito certo na cozinha. Apesar do sabor agridoce, a delicadeza da pera casa perfeitamente com o sabor forte do gorgonzola. Mesmo quem não é muito fá de combinar doce com salgado vai aprovar essa receita, porque o adocicado é sutil.

PÂTE À CHOUX


Ingredientes
150 g de farinha de trigo
5 g de sal
1 pitada de açúcar
100 g de manteiga
125 ml de água
125 ml de leite
4 ovos


Modo de Preparo
1. Peneirar a farinha, o sal e o açúcar.
2. Numa panela levar ao fogo a manteiga e a água. Quando começar a ferver, juntar toda a farinha e mexer até a mistura ficar lisa e soltar da panela.
3. Transferir para a batedeira e deixar amornar. Juntar os ovos um a um, batendo entre cada adição. A massa deve ficar lisa e brilhante. Para testar o ponto, pegar um pouco da massa e apertar com os dedos indicador e o polegar,  soltado em seguida. O ponto certo é quando se forma um gancho na massa que está sobre o polegar.
4. Colocar a massa num saco de confeiteiro e modelar como desejar, sobre uma forma untada com manteiga. 
5. Para as carolinas basta apertar uma vez para cada carolina. Elas ficarão como uma gota.
6. Assar em forno pré-aquecido a 200°C por 10 minutos. Baixar o forno para 190°C e assar por mais 15 minutos.


RECHEIO


Ingredientes
100 g de queijo gorgonzola
100 g de cream cheese
2 peras portuguesas pequenas
tomilho fresco


Modo de Preparo
1. Esmigalhar o gosgonzola com um garfo e misturar bem com o cream cheese.
2. Descascar e picar as peras em pedaços pequenos.
3. Juntar as peras ao creme.
4. Rechear as carolinas com o creme e decorar com raminhos de tomilho.


Obs: Esta receita de recheio é para 14 carolinas.



quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Cheesecake de Abóbora e Gotas de Chocolate com Creme Country




Faz um bom tempo que não posto uma receita de Cheesecake. Aqui no blog vocês poderão encontrar as receitas da cheesecake integral, da tradicional e muitas outras, mas hoje resolvi mudar um pouco e postar uma variação do clássico cheesecake americano. Escolhi trabalhar com a abóbora por sua cor, textura e sabor. A abóbora é um coringa na cozinha podendo ser usada tanto em preparações doces como salgadas. Saborear a abóbora não é tarefa difícil, visto que é super saborosa, mas isto não é tudo, pois este alimento é  repleto de benefícios. 
Começamos pelas fibras que estão em sua composição e auxiliam no equilíbrio das taxas de colesterol. É rica em niacina, substância originária das vitaminas do complexo B, que age evitando problemas na pele e no aparelho digestivo. Contém ainda cálcio e fósforo, minerais importantes na formação dos ossos e dos dentes. Por estes e outros motivos não deixe de acrescentar esta maravilha na sua mesa!!
Use uma abóbora fresca para fazer este cheesecake. Como a abóbora é muito rica em água, cozinhe-a lenta e completamente antes de descascá-la e amassá-la para reduzir o teor de água.
Na minha opinião é difícil encontrar algo que não combine com chocolate e por isso resolvi usar esta delícia nesta receita.
Para finalizar escolhi o 'Creme Country' para acompanhar. Este creme recebeu este nome dos americanos que costumam usá-lo em diversas sobremesas, além de ser uma alternativa mais pungente e saborosa se comparado com o creme chantilly comum. Este creme tem inúmeras utilidades e uma delas é que pode ser congelado e servido como sorvete...experimente usá-lo com uma pitada de canela...hummmmm.

Ingredientes
Para a massa
150 g de biscoito integral moido
4 colheres de sopa de açúcar de confeiteiro peneirado
85 g de manteiga derretida

Para o recheio
450 g cream cheese, à temperatura ambiente
100 g de açúcar de confeiteiro
2 ovos
1/2 colher de chá de essência de baunilha
125 g de purê de abóbora
1 colher de chá de canela em pó
1/2 colher de chá de noz-moscada ralada
1/2 colher de chá de cravo-da-índia em pó 
85 g de gotas de chocolate ( escolher sempre chocolate de 1ª linha )

Para o creme country
155 g de creme de leite azedo
125 g de queijo mascarpone
125 g de iogurte integral natural
100 g de açúcar de confeiteiro
2 colheres de chá de eesência de baunilha

Modo de Preparo
1.  Bater o biscoito no processador até formar uma farinha.
2. Para preparar a massa, juntar a farinha de biscoito com o açúcar e a manteiga em uma tigela grande e trabalhe com as mãos até misturar tudo muito bem. Pressionar a mistura contra o fundo e as laterais de uma forma redonda de 23 cm de diâmetro, de aro removível e leve à geladeira até a hora de usar.
3. Preaquecer o forno a 180°C. Na tigela de uma batedeira, juntar o cream cheese e o açúcar. Bater até obter uma massa lisa. Juntar os ovos e a essência de baunilha e misturar bem. 
4. Adicionar o purê de abóbora e os temperos. Misturar.
5. Juntar as gotas de chocolate ao creme de abóbora, mexendo com  uma espátula.
6. Despejar o recheio na massa gelada.
7. Levar ao forno e assar por 30 a 40 minutos. O centro do cheesecake ficará macio ao toque.
8. Deixar esfriar à temperatura ambiente e depois levar à geladeira, coberto com filme plástico por no mínimo 6 horas, ou até o dia seguinte.
9. Para fazer o  creme country, juntar todos os ingredientes em uma tigela funda e colocar dentro de uma outra tigela maior, cheia de gelo. Bater até obter picos macios, com a consistência de um creme chantilly ( vai render cerca de 480 ml de creme country ). Cobrir e guardar na geladeira. Assim, ele durará de 3 a 4 dias.
10. Para servir o cheesecake, remover o aro da forma, cortar em fatias iguais e juntar uma porção de creme country.

rendimento:  6-8 porções

Dica da Zela: se preferir, poderá servir este cheesecake com creme chantilly comum, com calda de chocolate ou com o sorvete que preferir.



quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Cozinha e magia!!

 Ao entrar na cozinha, você precisa estar inspirada, calma e sentir o amor.
Cozinhar, me fez ultrapassar todos os meus limites!! Quantas vezes consegui fazer uma regressão ao sentir um aroma, sair do chão ao colocar algo na boca quando estava pronto e me sentir confortada em dias horrorosos?
O prazer de sentir algo que nos leva a um outro mundo.
Continuo a achar mágico o momento que você desliga do
mundo real e faz mágica com poucos ingredientes. Colocar um tempero diferente, algo exótico que você encontrou em algum cantinho escondido no mercado, dominar o fogo, ver a química acontecer diante de você e no final, comer com paz, em silêncio, sentindo o sabor de cada garfada e relaxar.
Cada pessoa tem um toque, a leveza, a sensibilidade de saber o quanto está bom ou perfeito. Para cozinhar, você precisa sentir o cheiro do tempero fresco, o contato da sua mão com as texturas, ter concentração e atenção.
Eu adoro escrever e gastronomia é o meu tema favorito, porém, eu preciso estar inspirada para cozinhar algo para o blog e escrever para o mesmo.
Odeio fazer postagem apenas informando o prato e nada mais. Para mim, tudo tem uma história por trás. Não consigo ficar apenas em um assunto e tenho sempre algo a mais para contar. A 'Cozinha da Zela" é um blog pessoal meu, abri a mão dele ser apenas um blog culinário e comecei a escrever outros temas, como viagens, amigos e a falar um pouco de mim.
Eu ainda tenho como objetivo trabalhar nesse campo: escrevendo, falando e fazendo comida. Esse tipo de comunicação é a minha paixão!
Por esse motivo, não desisti do blog e nem da gastronomia.
A cozinha é o meu maior templo, o meu lugar especial onde posso desligar de tudo e fazer a minha criação.
Está dito!!
Bjs
Zela ;o)

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Tarte au Citron Meringuée ( Torta de Limão com Merengue )



Domingo de manhã, nada pra fazer. Abri a geladeira e encontrei dois limões sicilianos, alguns ovos e manteiga. O que fazer? Li todos os meus blogs favoritos de receitas, meus livros e vídeos. Lembrei  do Tarte au Citron que aprendi quando fiz cursos na Accueil ( École de Cuisine d'Alain Ducasse - Paris ).
Lá fiz uma tortinha simples com um amora em cima. Não queria a amora e lembrei do merengue. Pronto!! Uma sobremesa elegante e simples.

Massa
Ingredientes
2 e 3/4 de xícara de farinha de trigo ( mais um pouco para polvilhar a superfície de trabalho )
1/2 xícara de açúcar
1 xícara de manteiga sem sal cortada em cubos de 1,2 cm e congelados
2 gemas de ovos grandes
1/4 de xícara de creme de leite fresco

Modo de Preparo
1. Colocar a farinha e o açúcar num processador e misturar. 
2. Juntar a manteiga, ligar o processador e bater até misturar bem e adquirir aparência de um creme.
3. Em uma tigela pequena misturar as gemas sem pele e o creme de leite. Adicionar à mistura de manteiga no processador. Bater até a massa ficar homogênea.
4. Enfarinhar um superfície e colocar a massa nela. Trabalhar a massa com as mãos até misturar bem e ficar compacta.
5. Espalhar  a massa com as palmas das mãos na superfície. Dividir a massa ao meio, amassar delicadamente cada metade e juntar formando uma bola. 
6. Esticar a massa nas forminhas de torta, cobrir com filme plástico e levar à geladeira até ficar firme ( pelo menos 2 horas ).
 
 Recheio de Limão
 Ingredientes
Raspas de 1 limão
1 xícara de açúcar
1/2 xícara de suco de limão
4 ovos grandes
1 gema grande
12 colheres de sopa de manteiga sem sal

Modo de Preparo
1. Em uma tigela média, misturar as raspas de limão com o açúcar. Friccionar com as mãos até misturar bem.
2. Em uma panela de aço inoxidável, combinar o suco de limão, os ovos, a gema, manteiga e a mistura de açúcar e raspas de limão. Bater até misturar. 
3. Aquecer em fogo médio e cozinhar por 3 a 5 minutos mexendo sem parar.
4. Retirar a panela do fogo assim que ferver.
5. Coar a mistura em uma tigela.
6. Encher as tortinhas com este creme utilizando uma concha e levar à geladeira por 30 minutos ou até endurecer.

Merengue
Ingredientes
6 anéis de 5 cm de diâmetro e 2,5 cm de altura
óleo de canola para untar os anéis
3 claras de ovos grandes em temperatura ambiente ( existem ovos pequenos, médios e grandes )
1/2 colher de chá de cremor tártaro
1/2 xícara de açúcar

Modo de Preparo
1. Numa batedeira bater as claras por 2 minutos em velocidade baixa. Adicionar o cremor tártaro e bater em velocidade média. Quando formarem picos moles, juntar o açúcar e bater até ficar firme e brilhante.
2. Untar os anéis com óleo e colocar os anéis com muito cuidado sobre cada tortinha previamente geladas e endurecidas.
3. Com o auxílio de uma colher de sopa colocar o merengue dentro dos anéis com cuidado para não amassar as tortinhas. Mergulhar uma colher de chá no merengue e retirar rapidamente para formar um pico em cada tortinha.
4. Levar ao freezer por pelo menos 20 minutos.
5. Antes de servir, retirar cuidadosamente os anéis, deixar descansar em temperatura ambiente por 10 a 15 minutos antes de servir.
6. Se tiver um maçarico culinário dourar o merengue antes de servir.

rendimento: 6 tortinhas

Zela explica: creme ácido ou cremor tártaro é uma substância branca em forma de pó, conhecido também como ácido tártarico. É utilizado para fazer crescer massas de bolos que não levam fermento, além de ser um ingrediente essencial quando se usa claras de ovos para assar. Também é usado para deixar as balas e as claras em neve mais cremosas e consistentes. É facilmente encontrado em lojas de doces e em bons mercados.


segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Soufflé de Coco com borda de Coco Queimado Crocante




A textura aerada o define: ele desmancha na boca!!
Não é atoa que os franceses o batizaram de 'souffler', termo que  significa soprar. Quente ou gelado, é perfeito como sobremesa ou no chá da tarde.

Ingredientes

Para o Souflê
1/3 de xícara de água
1 envelope de gelatina em pó branca, sem sabor
1 xícara de leite
1 xícara de leite de coco
6 claras
5 colheres (sopa) de açúcar
1/4 de xícara de coco queimado ralado

Para a Calda 
1 xícara de açúcar
1/2 xícara de água

Modo de Preparo
1. Em um refratário pequeno, polvilhar a água com a gelatina, bater com um garfo ou batedor de ovos até misturar bem. Deixar descansar por 5 minutos e levar ao fogo, em banho-maria, até dissolver toda a gelatina. Reservar.
2. Em uma tigela, misturar os dois tipos de leite. 
3. Juntar a gelatina e levar à geladeira, mexendo às vezes, por 13 minutos ou até obter uma consistência de clara de ovo crua.
4. Na batedeira, bater as claras de ovo em ponto de neve. Sem parar de bater, juntar aos poucos o açúcar até obter picos firmes.
5. Adicionar a mistura de gelatina e mexer cuidadosamente com uma espátula.
6. Fixar um tira de papel-manteiga de 3 cm de largura na borda de uma forma refratária para souflê ( ramequim ) com capacidade para 1,5 litro.
7. Despejar a massa na forma e levar à geladeira por 4 horas ou até ficar bem firme.
8. Preparar a calda: em uma panela, levar ao fogo o açúcar e a água. Mexer até dissolver o açúcar.
9. Deixar cozinhar, sem mexer, até a calda adquirir cor de caramelo. Esperar esfriar.
10. Retirar o colarinho de papel-manteiga da forma e pressionar o coco queimado ralado nas laterais do souflê. 
11. Sevir com calda de caramelo e coco queimado ralado salpicado no prato.

rendimento: 4 porções

Dica da Zela: há ramequins com diferentes capacidades ( 100 ml, 120 ml, 150 ml... ). Está receita pode ser dividida em formas menores e servidas individualmente.

Ramequins de diversos tamanhos