Ando um pouco afastada do blog por conta do tempo que passei trabalhando no Rio Grande do Sul. Vim passar uns dias no Rio de Janeiro fugindo do frio e cá estou eu de volta ao blog com uma receita dedicada ao povo gaúcho.
Dois produtos de origem diversa, o vinho e a mandioca, dão origem a esta sobremesa que é símbolo da cultura italiana na Serra Gaúcha. O processo de transformação da mandioca em bolinhas foi desenvolvido por descendentes de alemães da empresa Lorenz no início do século XX. Surgia, então, a primeira indústria de fécula de mandioca da América Latina localizada na cidade de Indaial (SC) . Com o objetivo de atender a falta de fécula de batata que era proveniente da Europa e não conseguiam comercializar em virtude das dificuldades impostas pela 1ª Guerra Mundial, buscou-se um produto similar à batata e chegou-se à mandioca. Mais tarde o Rio Grande do Sul também começou a comercializar o sagu. Na cidade de Caxias do Sul, a centenária empresa de produtos alimentícios Corsetti foi a responsável pela introdução do sagu na região. Assim o sagu chegou à Serra Gaúcha e a partir daí tomou forma e gosto, entrando para o receituário com características que agradam ao paladar dos serranos gaúchos.
Dois produtos de origem diversa, o vinho e a mandioca, dão origem a esta sobremesa que é símbolo da cultura italiana na Serra Gaúcha. O processo de transformação da mandioca em bolinhas foi desenvolvido por descendentes de alemães da empresa Lorenz no início do século XX. Surgia, então, a primeira indústria de fécula de mandioca da América Latina localizada na cidade de Indaial (SC) . Com o objetivo de atender a falta de fécula de batata que era proveniente da Europa e não conseguiam comercializar em virtude das dificuldades impostas pela 1ª Guerra Mundial, buscou-se um produto similar à batata e chegou-se à mandioca. Mais tarde o Rio Grande do Sul também começou a comercializar o sagu. Na cidade de Caxias do Sul, a centenária empresa de produtos alimentícios Corsetti foi a responsável pela introdução do sagu na região. Assim o sagu chegou à Serra Gaúcha e a partir daí tomou forma e gosto, entrando para o receituário com características que agradam ao paladar dos serranos gaúchos.
O Sagu de Vinho é como um caviar doce, cheio de bolinhas púrpuras, de sabor intenso, porém delicado, com gosto firme e bem definido. O sagu é daquele tipo de iguaria que não deixa dúvidas, sabemos do é que feita e ponto final. Não há necessidade de buscar na nossa memória gustativa os ingredientes que entram nesta receita. Seu aroma é inconfundível e na primeira colherada ele nos remete ao gosto da uva e do vinho tinto. É um doce para adultos e para paladares maduros.
Essa sobremesa, talvez seja o maior exemplo para entendermos a que vieram os imigrantes aqui no Brasil. Eles e seus descedentes, absorvendo a cultura existente, integraram-se a uma nova realidade, compondo novas formas, e nesse caso, uma nova receita com os sabores das etnias, índia (mandioca) e italiana (vinho) com a ajuda da tecnologia alemã.
Esta sobremesa não chegou ao Brasil com os imigrantes, mas foi escolhida por sua fragrância, sabor e cor, para representar o gosto dos italianos nascidos aqui. É um doce que remete às origens italianas, mesmo que não exista lá na Itália.
Ingredientes Para o Sagu
1 xícara de sagu
3 litros de água
3 xícaras de vinho tinto
1 xícara de açúcar
1 canela em pau
Para o Creme
1 gema
5 colheres de sopa de açúcar
1 colher de chá de essência de baunilha
1 colher de sopa de amido de milho
2 xícaras de leite
Modo de Preparo
Sagu
1. Em uma tigela, deixar o sagu de molho em 1 litro de água fria por uma hora.
2. Escorrer, tranferir para uma panela com 1 litro de água fervente e cozinhar por 3 minutos.
3. Escorrer e repetir a operação.
4. Juntar o vinho, o açúcar e a canela em pau e cozinhar até engrossar e todas as bolinhas estarem transparentes.
5. Deixar esfriar.
Creme
1. Em uma panela, misturar bem a gema com o açúcar.
2. Juntar a baunilha, o amido e o leite e mexer bem.
3. Levar ao fogo baixo, mexer até ferver e engrossar ligeiramente.
4. Servir sobre o sagu.
rendimento: 6 porções
Obs: Prefiro usar baunilha em favas para fazer o creme, mas a baunilha líquida facilita muito o processo para quem não tem muita prática em usar as favas.
Dica da Zela: Para acompanhar esta sobremesa sugiro o vinho Hattenheimer Hassel Auslese 2003, alemão, de uva riesling.
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